quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Novembro negro: O peso da cor na taxa de desemprego


(O Globo) A coluna Panorama Econômico, de Regina Alvarez, traz dados de uma pesquisa que comparou a situação de Porto Alegre, a capital com a menor taxa de desemprego do país, com as de regiões onde este é mais alto. Veja trechos selecionados:
“Para entender a dinâmica do mercado de trabalho nas grandes regiões metropolitanas do país, os economistas Fernando de Holanda Barbosa Filho e Samuel de Abreu Pessôa se debruçaram sobre os dados da Pnad de 2009. Gênero, raça, escolaridade, faixa etária e experiência profissional foram analisados. E a cor da pele é o fator que mais pesou. Ou seja, se os negros e pardos têm mais dificuldade para ingresso no mercado em qualquer região do país, naquelas onde a maioria da população apta ao trabalho é negra ou parda, a taxa média de desemprego é maior. “
“Isso acontece em Recife e Salvador, regiões metropolitanas com as maiores taxas de desemprego do país em 2009 e ainda hoje. Em Recife, onde o desemprego chegava a 15,9% em 2009, a soma de negros e pardos alcançava 63,9% da população apta ao trabalho. Em Salvador, o desemprego estava em 14,2%, enquanto a população negra e parda chegava a 82,8%.”
“O economista evita a palavra preconceito, mas destaca que a escolaridade maior não é capaz de neutralizar a diferença das taxas de desemprego relacionadas a raça e cor, o que justificaria a adoção de políticas para atenuar essa disparidade.”
Leia a coluna na íntegra: Emprego e cor, por Regina Alvarez (O Globo – 06/11/2011)

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