Com
o crescimento das cidades, aumenta também a demanda por serviços de
infraestrutura urbana, como sistemas de saneamento e estações de
tratamento de esgoto. Para aproveitar os resíduos gerados por esses
sistemas, especialistas nas áreas de energia e esgotamento sanitário
estão desenvolvendo tecnologias capazes de transformar o esgoto que sai
de nossas casas em energia elétrica.
2 a 3% da
energia produzida no mundo é utilizada no bombeamento e tratamento de
água, o que justificaria o investimento já que a tecnologia poderá
reduzir essa demanda
Um dos exemplos está na Bahia, onde uma
parceria envolvendo a Coelba, empresa do Grupo Neoenergia, a Embasa, a
Giz (Cooperação Alemã) e Universidade Estadual de Feira de Santana
(UEFS) desenvolve uma tecnologia pioneira de geração de energia a partir
do biogás proveniente da Estação de Tratamento de Esgoto Jacuípe II, em
Feira de Santana (BA). A novidade desse projeto está no uso de
reatores anaeróbicos tipo UASB (Upflow Anaerobic Sludge Blanket, em português Reator Anaeróbio de Fluxo Ascendente) como principal processo de tratamento.
De
acordo com Ana Christina Mascarenhas, assessora de eficiência
energética da Neoenergia, 2 a 3% da energia produzida no mundo é
utilizada no bombeamento e tratamento de água, o que justificaria o
investimento já que a tecnologia poderá reduzir essa demanda.
Aprovado
pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), o projeto está
pautado na comprovação da viabilidade econômica para o mercado
brasileiro da geração de energia a partir do biogás proveniente da
digestão anaeróbia do esgoto sanitário. O foco será em estações de
tratamento de esgoto de médio e pequeno porte, que atendam entre 20 mil e
300 mil habitantes.
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